Vamos assistir à seguinte esquete:
A sátira tem como um de seus objetivos apontar as incoerências da realidade, apresentando-as de forma exagerada, cômica. O grupo inglês Monty Python apresenta, de forma brilhante, algo que pode acontecer com qualquer gerente de projeto que se esqueça, ainda que parcialmente dos processos de gerenciamento de escopo.
O PMBok (2008:103) define gerenciamento de escopo como os “...processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o trabalho necessário para terminar o projeto com sucesso.”. Apresenta, também, cinco processos para o gerenciamento do escopo do projeto:
Sem grande esforço é fácil de inferir que os processos “Coletar os requisitos” e “Definir o escopo” foram ignorados ou conduzidos de maneira imprópria.
Se o “Michelangelo”, responsável pelo projeto, tivesse dedicado algum tempo entendendo o que estava sendo contratado, por meio da compreensão dos requisitos e da definição do escopo contratado, tal cena não teria ocorrido.
O cliente, em muitos casos, tem uma ideia do que precisa, mas pode não conseguir expressar em termos técnicos. Cabe ao gerente do projeto captar as expectativas do cliente, facilitando a manifestação dos desejos do cliente, garantindo que não haja dúvidas para nenhuma das partes. Após coletar/documentar os requisitos pode cristalizar tais desejos e expectativas na declaração de escopo do projeto.
Conforme o PMBoK (2008:115), a declaração de escopo do projeto:
O gerente de projetos deve, então, entender o escopo, seja por meio de entrevista ao cliente, workshops com o cliente ou qualquer outro método que se faça necessário, documentar este escopo e formalizá-lo. Ao fazer isso se pode focar na execução do projeto, atentando-se para que o que foi contratado e apenas o que foi contratado seja entregue ao cliente.
Notas
[1] – EAP – Estrutura Analítica do Projeto
[2] – Alguns autores utilizam o termo “dourar a pílula” para traduzir o termo, mas como em português “dourar a pílula” significa “apresentar algo difícil ou desagradável como coisa fácil de aceitar”, e tem origem no antigo habito que farmacêuticos tinham de embrulhar suas pílulas, amargas, em finos papéis para torna-las mais atraentes para os clientes. Portanto prefiro utilizar o termo “enfeitar o pavão” ou “gold plating” mesmo.
A sátira tem como um de seus objetivos apontar as incoerências da realidade, apresentando-as de forma exagerada, cômica. O grupo inglês Monty Python apresenta, de forma brilhante, algo que pode acontecer com qualquer gerente de projeto que se esqueça, ainda que parcialmente dos processos de gerenciamento de escopo.
O PMBok (2008:103) define gerenciamento de escopo como os “...processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o trabalho necessário para terminar o projeto com sucesso.”. Apresenta, também, cinco processos para o gerenciamento do escopo do projeto:
- Coletar os requisitos (definição e documentação das necessidades para alcançar os objetivos do projeto);
- Definir o escopo (descrição detalhada do projeto e do produto);
- Criar a EAP (subdivisão do trabalho/entregas em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis) [1];
- Verificar o escopo (formalização do aceite das entregas concluídas do projeto);
- Controlar o escopo (monitoramento do progresso do escopo do projeto/produto, bem como o controle integrado de mudanças).
Sem grande esforço é fácil de inferir que os processos “Coletar os requisitos” e “Definir o escopo” foram ignorados ou conduzidos de maneira imprópria.
Se o “Michelangelo”, responsável pelo projeto, tivesse dedicado algum tempo entendendo o que estava sendo contratado, por meio da compreensão dos requisitos e da definição do escopo contratado, tal cena não teria ocorrido.
O cliente, em muitos casos, tem uma ideia do que precisa, mas pode não conseguir expressar em termos técnicos. Cabe ao gerente do projeto captar as expectativas do cliente, facilitando a manifestação dos desejos do cliente, garantindo que não haja dúvidas para nenhuma das partes. Após coletar/documentar os requisitos pode cristalizar tais desejos e expectativas na declaração de escopo do projeto.
Conforme o PMBoK (2008:115), a declaração de escopo do projeto:
Descreve detalhadamente as entregas do projeto e o trabalho necessário para criar as mesmas. (...) Pode conter exclusões explícitas do escopo que podem auxiliar o gerenciamento das expectativas das partes interessadas. (...) direciona o trabalho (...) durante a execução e fornece a linha de base para avaliar se as solicitações de mudança ou trabalho adicional estão contidos no escopo ou são externos aos limites do projeto.A declaração inclui, de forma direta ou por referência a outros documentos do projeto os seguintes itens:
- Descrição do escopo do produto;
- Critérios de aceitação do produto;
- Entregas do projeto;
- Exclusões do projeto;
- Restrições do projeto.
O gerente de projetos deve, então, entender o escopo, seja por meio de entrevista ao cliente, workshops com o cliente ou qualquer outro método que se faça necessário, documentar este escopo e formalizá-lo. Ao fazer isso se pode focar na execução do projeto, atentando-se para que o que foi contratado e apenas o que foi contratado seja entregue ao cliente.
Notas
[1] – EAP – Estrutura Analítica do Projeto
[2] – Alguns autores utilizam o termo “dourar a pílula” para traduzir o termo, mas como em português “dourar a pílula” significa “apresentar algo difícil ou desagradável como coisa fácil de aceitar”, e tem origem no antigo habito que farmacêuticos tinham de embrulhar suas pílulas, amargas, em finos papéis para torna-las mais atraentes para os clientes. Portanto prefiro utilizar o termo “enfeitar o pavão” ou “gold plating” mesmo.
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